No dia 15 de novembro o Laboratório Nacional de Energia e Geologia (LNEG) e a Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa (FCT-UNL) organizaram o Energy Day, um evento dedicado à Energia, focado na energia dos edifícios, no Campus do Lumiar.

 

O evento promoveu a divulgação de projetos internacionais e iniciativas associados ao “Solar Heating and Cooling Programme”, de forma a integrar e a dinamizar a participação de investigadores portugueses.

 

Decorreu durante o evento a 3ª edição do Ciclo de Conferências, iniciado em 2012, com a temática “Net Zero-Energy Buildigs“, onde foram apresentadas várias questões e discutidas formas de aplicar o conceito à escala urbana, tendo em conta a interação energética, a flexibilidade dos edifícios e a integração de energias renováveis, com o objetivo de encontrar soluções mais sustentáveis.

 

Neste contexto, várias entidades apresentaram os seus projetos, incluindo o projeto de investigação “FIRST – Mapping flexibility of urban energy systems“, financiado pelo programa MIT-Portugal, com o objetivo de mapear o potencial de flexibilidade energética de uma forma visual, a nível de um bairro existente em Lisboa.

 

Ao longo das apresentações os investigadores constataram que seria interessante juntar sinergias, uma vez que todos tinham feito avanços e descobertas e que a colaboração entre eles poderia gerar resultados bem mais interessantes.

 

Para além destes projetos em fase inicial, foram apresentados projetos já disponíveis no mercado como foi o caso da EDP, da Schneider e da TecnoVeritas, que apresentou o BOEM-S com o tema “BOEM-S – What to do with Big Data? A Smart Platform to Fix, Prevent & Improve Energy Systems”, apresentando o caso real da Câmara Municipal de Mafra (CMM).

 

O BOEM-S encontra-se implementado desde o início de 2018 em vários edifícios camarários, funcionando como uma plataforma de recolha e análise de dados de vários elementos energéticos, como luminárias e sistemas de ar condicionado, em edifícios como escolas, piscinas e o próprio edifício da Câmara. O BOEM-S não só capta os dados, como trata-os, permitindo uma melhor análise e a tomada de ações que permitam uma melhora rentabilização da energia, que muitas das vezes é consumida de forma desnecessária.